PORTAS ABERTAS, por Roberta Jungmann

Por Márcio Bastos – 26/03/2014 às 16:00

Se uma casa ideal deve parecer ao máximo com seus donos, pode-se dizer que a da arquiteta Fernanda Durães cumpre com louvor esse papel. No espaçoso apartamento de 200 m² onde vive com o marido, ela injetou detalhes que, juntos, ajudam a criar o “Duranda”, junção de seu nome com o sobrenome do marido, como carinhosamente nomeou o ambiente. Ela abriu as portas de sua casa para o RJ e mostrou como criar ambientes práticos sem abrir mão da identidade dos proprietários do imóvel.

Fernanda aposta em cores neutras contrastadas com tons fortesFoto: Paullo AlmeidaUm dos grandes prazeres de Fernanda é receber amigos e familiares em sua casa. Por isso, ela e o marido Antônio, mais conhecido como Durães, fazem questão de que seu apartamento seja prático, descolado, mas, acima de tudo, acolhedor. Essa impressão fica visível desde que se entra no imóvel. A ampla sala foi transformada em dois ambientes, um deles mais voltados para entretenimento e o outro para receber visitas.

Na hora de decorar, ela faz questão de fugir do clean e aposta na fusão de elementos de forma harmônica. “Depois que meus filhos casaram e saíram de casa, comecei redecorar o apartamento. Sempre gostei de cores alegres e fortes e tenho tentado colocar isso na minha casa. Para tanto, nas paredes e nos móveis, em geral aposto em cores neutras para poder brincar com os elementos, como almofadas e outros objetos de decoração”, explica a arquiteta.

Fernanda optou por dividir a sala em dois ambientes, um deles para TV e entretenimentoFoto: Paullo AlmeidaVidro na parede e cadeiras de acrílico ajudam a dar impressão de amplitudeFoto: Paullo AlmeidaAmbiente da TV é um dos preferidos do casal e exigiu investimento no confortoFoto: Paullo AlmeidaColeção de Blu-rays fica guardada, evitando poluir o ambienteFoto: Paullo AlmeidaUm segundo ambiente de televisão, separado da sala, foi criado para dar mais privacidade aos moradoresFoto: Paullo AlmeidaComo adoram viajar, Fernanda e seu marido acabam sempre trazendo lembrancinhas dos lugares que visitam e ela faz questão de encontrar espaço para elas na casa. “Gosto de ter expostos esses elementos que têm história, que contam um pouco sobre minha família”, pontua. Com a saída dos filhos de casa, Fernanda conta que vários cômodos precisaram ser repensados. Por exemplo, o antigo quarto de sua filha hoje abriga seu closet. “Foi uma estratégia que usamos para burlar a ideia do ninho vazio”, brinca.

Lembranças de viagens do casal dão identidade à salaFoto: Paullo AlmeidaArquiteta transformou o antigo quarto da filha em closetFoto: Paullo AlmeidaNa hora de decorar, Fernanda mescla o clássico com o moderno. A mesa de vidro, por exemplo, é rodeada por cadeiras de acrílico, que dão um ar despojado ao ambiente, além de intensificarem a ideia de amplitude. Outra solução interessante é o uso dos quadros verdes, da Ecogreen, empresa da filha de Fernanda, Catarina Durães, que “infiltram” a natureza na sala de estar mantendo a harmonia do ambiente.

Na cozinha, que segue como um corredor, uma solução usada pela arquiteta foi posicionar um quadro ao fundo, de forma a quebrar a ideia do ambiente como apenas utilitário, acrescentando, assim, um elemento de contemplação a ele.

Quadros verdes, da Ecogreen, injetam um pouco da natureza no cômodoFoto: Paullo AlmeiaArquiteta pôs uma tela no fundo da cozinha para quebrar ideia de praticidade associada ao localFoto: Paullo AlmeidaEscritório é clean, mas com elementos que dão personalidade ao espaço